segunda-feira, agosto 4

Bola da vez


Incrementar o turismo, o tal de sustentável, pelo menos no discurso. Criar opções para atrair cada vez mais, quem tem grana – ancoradouros, marinas, ampliação do aeroporto, blá,blá,blá... Meu medo é que o falatório, essencial por ampliar a discussão e abrir novas janelas de possibilidades teime em restringir-se no como fazer para atrair gente. Não seria conveniente também projetar e estabelecer políticas que amenizem os impactos do turismo sobre a população local? Fazer com que os visitantes entendam, por exemplo, que a ilha, antes de ser um destino de descanso e gozo, é uma cidade que pulsa com seus habitantes? Não seria bom pensar em campanhas para conscientizar os visitantes que não dá pra agitar noite adentro na casa alugada no Campeche pelo fato de os moradores não estarem em férias? Que não se pode andar a vinte por hora circundando o canto da lagoa para apreciar a paisagem já que o tráfego para prestação de serviços também passa por ali? Agora, a bola da vez é o turismo gay. Bacana! Sabidamente são pessoas com condições e predisposição para torrar dinheiro durante algumas semanas de férias. Mas é bom avisar pra segurar a onda, do contrário, alguns aloprados ferram com toda a outra boa gente, independente da opção sexual. Ano passado na trilha entre Molhe e Galheta tinha desfile de pênis. A praia é de naturismo, não de pegação. E na trilha, como diz a placa que tem por lá, é proibido se pelar.

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